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06 junio 2015

Natacha Florestano árbitra de Polo Aquático (Brasil)




Conheça a história de Natacha Florestano com o Polo Aquático

A nossa entrevistada de hoje é Natacha Florestano, árbitra de polo aquático. Ela que é a unica arbitra mulher da América do Sul na modalidade e quem vem batalhando e mostrando a força que as mulheres também tem nessa area. Na nossa entrevista Natacha conta sobre a sua história na modalidade, seus objetivos e várias outras novidades. Leia a entrevista e no final vejam o vídeo que a Natacha enviou exclusivamente para o Portal Esporte Net.
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Portal Esporte Net: Como você iniciou sua história no Polo Aquático?  
Natacha Florestano: Eu iniciei minha carreira no Esporte Clube Pinheiros como jogadora da primeira equipe feminina formada no clube. Eu era nadadora, já me aposentando, e um grupo de ex nadadoras juntamente com o diretor da epoca, Sr Kiko Carotini, resolveram formar umas equipe de polo aquatico e me chamaram para fazer parte. Infelizmente minha carreira durou pouco, apenas 5 anos, dos 17 aos 22 anos. Na época o esporte era totalmente amador, ganhávamos apenas vale lanche para jogar e eu tive que parar para trabalhar, eu mesma pagava a minha faculdade, cursei Educação Física. 
Portal Esporte Net: Quando era jogadora da modalidade você disputou competições nacionais e internacionais? Qual foi a mais importante?  
Natacha Florestano: Eu participei de vários campeonatos estaduais e nacionais, fui campeã dos dois campeonatos. Na minha curta carreira de atleta, 5 anos, eu fui jogadora da seleção, participando de treinamentos internacionais e de 2 Copa Internacional de São paulo. e na seleção nacional, fui bi campeã sulamericana.
Portal Esporte Net: Qual era sua posição na seleção?  
Natacha Florestano: Tanto na seleção quanto no clube jogava como marcadora de centro na defesa e no ataque na posição 3, armadora, ou na posição 1, ponta ruim.
Natacha, arbitra de polo aquático/ Foto: Reprodução facebook
Natacha, arbitra de polo aquático/ Foto: Reprodução facebook
Portal Esporte Net:  Hoje você é arbitra de polo aquático, como foi sua transferência de atleta á arbitra? 
Natacha Florestano: Como sempre gostei de esporte, meus pais foram grandes incentivadores, e o polo aquático minha grande paixão, quando eu parei de jogar tive que conseguir uma maneira para eu não me afastar do meu grande amor, foi quando eu procurei a Federação Paulista de Natação atual Federação Aquática Paulista para eu fazer o curso de mesária de polo aquático. Aos 22 anos, mudei de atleta a mesária e assim permaneci ate 2005 quando fui chamada para ser supervisora da Seleção Feminina. Eu, não queria me distanciar do esporte de maneira alguma. Em 2009 o diretor de polo aquático da confederação brasileira de desportos aquáticos,CBDA, Roberto Cabral e o supervisor de polo aquático da CBDA, Ricardo Cabral, me convidaram a ser arbitra incentivados pelo fato da Federação Internacional apoiar a existência de arbitras em todos os países que tiver o esporte. E assim, então, fiz curso e me tornei arbitra nacional. Em 2010 participei do meu primeiro campeonato internacional.
Portal Esporte Net: Por ter sido atleta ficou ainda mais fácil a se tornar uma boa arbitra de polo aquático?  
Natacha Florestano:  Com certeza eu ter sido atleta e eu nunca ter me afastado do esporte, me ajudou demais em eu me tornar uma boa arbitra. O polo aquático tem muitas regras, muitas interpretações e ainda tem o agravante de muita coisa acontecer embaixo d’água, ou seja, não é fácil apitar o esporte.
Portal Esporte Net: Você é a única mulher da América do Sul a apitar jogos de pólo aquático. Como você se sente por este feito?
Natacha Florestano: Me sinto como se estivesse quebrando uma grande barreira, pois ate hoje o esporte é muito machista e dominado pelos homens. Sinto também que a responsabilidade dobra, afinal eu sou a representante FEMININA.
Natacha, ao lado de dois árbitros da modalidade/ Foto: Reprodução facebook
Natacha, ao lado de dois árbitros da modalidade/ Foto: Reprodução facebook
Portal Esporte Net: Acredita que poderia ter mais mulheres apitando jogos de polo também? O que falta para que este número de mulheres arbitra aumente?  
Natacha Florestano: Acredito sim que este numero poderia ser maior. Na verdade entendo a falta de mulheres apitando, pelo menos em São Paulo. Os jogos são a noite e tarde da noite, costumam terminar por volta das 22.15 e aos finais de semana. O brasileiro ainda é muito machista, ou seja, a mulher querendo ou não é a dona da casa é quem tem que estar presente quando os filhos voltam da escola e quando o marido retorna pra casa. Ainda temos o problema de transito pois para quem trabalha não é fácil conseguir chegar no jogo por volta das 20.30h. Eu consigo pois sou autônoma, faço os meus horários e os fiz para poder apitar. Temos também o agravante de apitar ao lado de homens grandes que muitas vezes passam nos encarando, nos intimidando, não é nada fácil lidar com isso. O que falta para esse numero crescer???? apenas mais mulheres quererem!!!!!
Portal Esporte Net: Quais as principais competições que você apitou?  
Natacha Florestano: Sul Americano de Esportes Aquáticos Junior Masculino e Feminino
Pan America Junior de Polo Aquático Masculino e Feminino
Classificatório para o Mundial Adulto Masculino e Feminino
Mundial Junior de Polo Aquático Feminino.
  
Portal Esporte Net: Como árbitra qual o seu maior sonho?  
Apitar uma olimpíada.

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